quarta-feira, 25 de março de 2009


“Men have forgotten this truth”, said the fox. “But you must not forget it. You become responsible, forever, for what you have tamed.” Antoine de Saint-Exupery.

LIKE A POEM BY BAUDELAIRE. ( Dedicated to a special friend )

In the midst of Mansfield Street
They met by cosmic coincidence.
Both struggled to keep their feet
On the ground , beyond the fence.
What led one to be right there,
made the other decide to share.

Would there be other grounds
and fences to limit them?
Would there be anybody around
to visit the same planets as them?
The moon with nocturnal eyes
completely agreeing their tries.

They kept seeing each other ,
as if it were supposed to be.
Such a friend - or even brother-
whose views the sky foresees.
An amazing astrological sign,
good intentions in their minds…

Time is now the only one able
To predict the revelations.
It gives the answer like a fable-
They can feel it in vibrations.
Something is tripping in the air
Like a poem by Baudelaire… Sergio Brandao, Allston (Ma) September,22, 2008.

segunda-feira, 23 de março de 2009


QUE POSSAMOS SER POETAS! (ORACAO AO TEMPO)
Fazei de nos seus viajores,
não-seguidores do tangível,
essas mesmas pistas abertas
usando a chave do incrível.
Instale-se em nos o menino:
belo deixado a beira do rumo,
(bem sufocado nas infundacoes)
O não - limitado pelo cabível.
Oh! Tempo , fazei de nos,
umas criancas maturadas,
um veio de alumbramento,
os donos das almas aladas.
Cria em nos as suas barbas
Junto a um coração infantil
Ensina - nos a usar as fardas,
mas nunca a usar um fuzil!
Dai-nos, Senhor das horas,
o teu trono de estrelas...
para que vejamos as auroras
fazendo parte dessas belezas.
Que Assim seja meu decreto:
tirado das Viniculas de Morais
Um dia morrerei com o afeto-
Não morrera o menino jamais!

sábado, 21 de março de 2009


COMO CONTAR OUTONOS

Umas Folhas vermelhas
Outras amareladas, mortas,
Colorem calcadas e pupilas.
Passantes levam consigo
a doce aura das intenções.
Enquanto outros dizem não
O preludio da neve anuncia.
Podemos ouvir nos assovios
nos uivos de gente e da brisa.
Quantos outonos ainda faltam?
-Há que contar com paciência.
Se passar um sem ser visto,
Seja humano ou seja outono,
Será cobrado por Sapiencia.

Sergio Brandao... Allston (Ma) , 04 de outubro 2008.

O EFEITO HERACLITO.
( “ Um homem nunca se banhara num mesmo rio duas vezes, pois as águas
não serão as mesmas... nem o homem será o mesmo.” Heraclito.)
Voces nao sao mais
Os mesmos que deixei.
Nem o Cachoeira o seria...
Pois mudamos.E a lei.

Quando buscar a nascente,
Porei meus pés em suas águas.
E quanto a vocês, amados...
Lavaremos nossas mágoas.

A praça de outrora, irei.
Não me reconhecerão, talvez.
Se o fizerem, ilusão será...
Pois onde me verem , não estarei.

So duas coisas estarão
Intactas em suas singelezas:
os átomos que compõem as águas
e as lagrimas com sua beleza.

O OUTONO E AS NUANCAS.

Folhas vermelhas de outono
Beijam os olhos dos passantes,
entre a brisa fria deste dia claro
pensamentos vão nesses corpos
...e uma vontade geral de ser.
-Um labirinto intrínseco há
nas cabeças dos transeuntes.

Eles são sem saber quem são,
Apenas seguirão os seus faros ,
Entre a brisa e olhos imantados
Intenções voam nesses olhares
...E uma vontade geral de se ver.
-Uma auto-estrada íngreme ha
nos caminhos destes passantes.

Somos papeis dos super-egos,
Risos mansos por trás das faces,
Um cadafalso para a plataforma
a que se estende mansamente
...e uma vontade geral de viver.
-Um monologo misterioso ha
Nos corações destes passageiros. SERGIO BRANDAO Allston, Ma Setembro 2008.

O MISTERIO DA VESPERA.

Um Dragao roxo de asas amarelas,
E a imagem da Virgem Maria
Outras mulheres amadas por ela ,
Fotos de vida, passada poesia.
Esses sorrisos no altar da lareira.
Frio de novembro com sombra fria
O Tudo confabulando ali na beira
do Tempo parado na fotografia.
Uma garrafa de triple sec aberta
E uma imagem do mestre Jesus
Outros homens não achavam certa
A busca do Graal na procura da luz.
Quantas noites fomos visitados
Por seres mais ou menos vivos?
Quantas vezes fomos escutados...
São apenas umas poses, retratos...
Ou Metafísica , atos intuitivos?
Quantas noites seremos elevados?

Sergio Brandao, Allston,01 de Novembro 2008.

O LAP-TOP DE DEUS.

No fundo de um poco,
Pescamos luzes caídas...
Nos versos Chilenos
Pablo bem nos avisa.
O balde que traz A LUZ e oco:
-Paralelidade universa-
Onde através do nada
ao Tudo se regressa.
O bicho do coco.
A palha de milho.
Os lírios de maio.
Todos os fios. Os trilhos...
Tudo se refaz do nada.
Como essa pagina branca
e essas outras viradas.
Os poemas procurados
e este instante inato
Onde guardamos genomas
herdados do lap-top de Deus.

Sergio Brandao Allston (ma) 21 de setembro 2008.

sexta-feira, 20 de março de 2009




THE CONDOR AND THE SPARROW “...Para mi Corazon, basta tu pecho,
Para tu libertad, bastan mis alas…” Pablo Neruda.
(For my heart, your breast is enough,
For your freedom, my wings are…)
If this story of ours was seen
by the gigantic eyes of the Condor,
like a little bird in the wind
he would see our love and honor.
Proportions would never alter
the greatness of the fascination.
The giants would be our helpers
seeing lightness in our relation.
More important than the sizes
is the capacity of these flights.
Wiser are those who levitate
defying fear of love and fate .
So , now it is irrelevant the size
For lovers wings are the prize .

Sergio Brandao, Allston (Ma), October, 11, 2008.

A FABRICA DOS I DIAS


As Joias.

Se na fabrica dos dias,
As noites cairao azulozas,
Facamos de nossa vista amplidao.
-eia pois, vossos olhos
Sob as estrelas angulosas.
E preciso entender Bilac,
Cultivar Dali, do mesmo ceu
Onde em versos e prosas,
Neruda, Pindaro e o mel,
Foram joias do mesmo quilate.

Sergio Brandao.
Allston, 13 setembro 2008.

CUPIDEZ

Se eu pudesse hoje roubar
do Olimpo umas três flexas,
Todas elas já teriam um lugar:
seriam três paixões expressas.

As três então passariam a ser
A soma de tudo o que move,
A sombra antes do amanhecer
Um Eclipse que a lua encobre...

Nossas paixões são combustíveis
- Grande epicentro das intencoes.
Ainda que amores sejam risíveis
Enchamos com eles os corações.

Sergio Brandao, Allston, 30 de setembro de 2008.

O ACENO DA NOITE

O ACENO DA NOITE

Os dias sao mornos de mar,
O sol se abraça com a brisa,
uma paz plena, suave no ar
e uma mulher ali catalisa...
O barco e as ondas embalam
Conversa e prazer da saliva .
-com beijo as ondas marcaram!
( o seu belo semblante avisa)
Os olhos são todos de amor,
eram a vida, a filha e o amado
Um Instante no peito ancorado
ao som de um mar beijador.
Era uma vista prenha de vida!
Mansidao de lufas sopradas
vão tentando adiar a partida.
No canto sozinha, a celeste girava,
com as essências da lua caída
a noite vendo a mulher, acenava.

Sergio Brandao, Allston ( Ma) 07 de novembro de 2008.


ME PERDOEM COMPANHEIROS!
Quando cheguei aqui nessas margens
nao tinha muitos amigos
para conversar.
Contava meus dizeres
aos gansos canadenses...
Trocava migalhas de pão
Pela comunhão do meu silencio.
Eles enchiam o papo de farelos
E eu...sentia o conforto da atenção.
Era uma troca justa , presumo.
Lembro mais dos nossos diálogos
Do que da lendária bela ponte
Ligando a universidade Harvard
Aos raios fulgidos dos meus sonhos.
Quando eu os perguntava:
-Conhece a poetisa Maria?
Recordo mais das suas curiosidades
Perguntando: ”quem, quem , quem ?”
Do que da torre com domo dourado
Construída no século dezesseis.
Hoje os vi no Charles River...
Não os dei farelos, nem companhia.
Pois estava com amigos humanos.
Que ingratidão...! que troca injusta...
Me perdoem , companheiros! Sergio Brandao Allston, Ma. 19 de outubro 2008. (2;05.A M.)

MERGULHO NO LAGO WALDEN

MERGULHO NO WALDEN POND
Fenomenal o seu lago se abriu
aos meus olhos e alma cansada;
em Um Oasis idílico o céu pariu,
reagi com vigorosas bracadas.

Ao redor so o verde e as casas,
Cabanas de madeiras curtidas.
O outono de vermelho pintava
as arvores nas minhas pupilas.

Que frescor revigorante traz
-A beleza e um elixir da cura.
Que dança lúdica a brisa faz
Ao escutar aquosa partitura.

De remo em remo, a candura...
De aura limpa , minha alma ia,
Alem dos pinheiros , a altura
Mansa , a gravidade desafia...

Na simplicidade viva a vida !
captei na estatua de Thoreau.
O Semblante sábio do druida
Eternizando o lago que amou. Sergio Brandao, Allston, Ma.28 de setembro 2008.

DIVING IN WALDEN POND.
Phenomenal opened waters
for my eyes and tired soul…
Idyllic oasis, the sky as mother
unbridled arms swim I go.

All around green and houses
The rustic cabin in the woods.
The autumn red trees arise
In my pupils their art moves.

Invigorating freshness comes.
-Such elixir of a cure beauty is.
Ludic breeze dance is done
in a watery score ,the bliss.

Row by row, the candidness…
In clean aura my soul would go
beyond the pines , tallness
defying gravity gently flows.

In meek simplicity live this life,
As it spins in Thoreau’s faces.
In his appearance druid-like
eternal love the pond embraces. Sergio Brandao…Allston, 30 de setembro 2008.

OS AMIGOS DE POSEIDON.   “...Yo desperte y a veces emigran y huyen

                                                       Pajaros que dormian em tu alma.”     Pablo Neruda     

Os  passaros  que agora dormem

em  nossas  almas latinas,

esperam  que em nos se formem

as praias deitadas nas salinas.

 

Para quando  solvermos Neruda,

as ondas  ao  beijarem  areias

( e as Mares que a lua muda)

nos   tornem filhos  das sereias.

 

Nadaremos  juntos  oceano afora

-Como dois amigos de Poseidon.

E ao olharmos para a terra agora

teremos  dos peixes o nosso dom.

 

La bem  longe , tambem as gaivotas

Vão querer mais do  que comidas...

Ouvirão no vento as  mesmas  notas

da sinfonia calma de nossas vidas.

 

Sergio Brandao, Allston...6 de novembro 2008.

 

 

 


O  GRITO  DE  MUNCH PARA BILAC.

 

Oucam queridos, meu grito!

Silencioso em sua composicao.

So Faca-se dele companheiro

Se ouvir estrelas com coração.

 

Se ao pulsar deste sangue seu

Do mesmo  grito também ouvires

Creio que  agora o silencio meu

so gritara para o que sentires.

 

Oh, meu amigo  do insensível

Erga bem seu melhor semblante

Cesse  os planos por um instante

E  abra seus  olhos  ao indizível.

 

Sergio  Brandao, Allston, 25 de setembro 2008.

A  BELEZA DE MARIA

 

Se quiseres saber o quanto

Maria e bonita para mim...

Tire da Virgem o manto

E junte ao halo do querubim.

 

A beleza  pura de Maria

E um lampejo de Deus.

Musa sacrossanta  seria

Musa dos poemas  meus.

 

No dia em que ela veio

Outra perola também nasceu

 E existe um elo no meio

Entre a  vo , a neta e eu...

 

A  vo eu muito amei, decerto.

A mãe não menos, eu sei...

A neta e a junção das duas.

-Amor  dobrado por ela terei.

Sergio  Brandao, Allston (Ma) 19 de setembro de 2008. “Eu venho da minha terra,da casa branca da serra
e do luar do meu sertão;
venho da minha Maria cujo nome principia
na palma da minha mão.” Cancao do Expedicionario- Guilherme de Almeida.

 


O   LAGO  DAS  NENUFARES.

 

Uma imagem  bela de praia

Incorpora  sua alma aquosa

Um salto lento para que caia

 bem certeira a bola angulosa.

 

Habitas a mesma  redondeza

(Nenufares  no  lago do espelho ).

No  Lago Narciso de  Fortaleza

reflete o  seu corpo sem pelo.

 

A cor intensa do escorpião

So faz o medo desaparecer.

Seguir  desejos na  contramao ,

tocar e ousar sem se perder.

 

Assim você me apareceu

-Visão  de um satélite solar

a  girar em pleno apogeu...

No nordeste, a  beira do mar.

 

Sergio Brandao, Allston, 29 de dezembro de 2008.

 

     

 


A AUSENCIA DOS FANTASMAS.

 

Fantasmas  não  estão ausentes

Todavia,  não  estão  presentes.

As  vezes mortos, outras não...

 Se  lembrados nunca  estarão.

 

Se há uma lembrança sequer

essa existência já e garantida.

-Um jeito, uma fala qualquer

Lembrados, voltarão  a vida.

 

No lugar de onde eles saíram

haverá  sempre  suas perfídias .

Para aqueles que não os viram

As pessoas  contarão  suas vidas.

 

So  não serão mais fantasmas

Quando os fizermos esquecidos.

Então, regressarão as suas casas

 Onde  nunca mais serão banidos.

 

Sergio  Brandao ,  Allston , Ma, 09 de outubro 2008.



COMPOSICAO AQUOSA.

 

Pedras de fogo nos foram lancadas:

Intenções de forcas altíssimas,

Para que levantássemos os olhos

E ao baixa-los, enxergássemos melhor...

 

Uma Ra e tão expressiva e forte,

Quanto as cascatas pelo mundo afora.

O vento tem me dito muito mais

Que a eloqüente poesia do canalha.

 

Onde correm as ondinas e os Elfos

Recuperemos as visões perdidas.

Pelas balas, sofreres e o mofo-tedio

existem Hibiscos para contemplarmos.

 

Os anjos não atendem incrédulos,

Os raios chegam antes dos trovoes,

As  mares são movidas pela lua.

Eu? Contenho água em minha composição.

 

Sergio Brandao, Allston,(Ma) 28 de agosto 2008.



A  PAZ  ADORMECIDA.     ( Dedicada a Gregorio de Mattos)

 

Nesses dias onde  a “Crise” espreita,

Muitas almas ja estao se redimindo.

Somente aquelas  da Virtude  eleitas

acordaram  a paz que esta dormindo.

 

Não se acanhem  pois, em acorda-la

-Ela tem seu sono leve em plenitude.

Anseia  acordar disposta na sua fala

-Seja na  velhice ou na juventude.

 

Nunca ache cedo para despertar

O mistério simples dos silenciosos .

Nem tão pouco tarde. Jamais sera.

 

A  paz nos vem refeita do seu sono

Plena como nas rimas de Gregorio ,

Ela e fiel aos princípios do seu dono.

 

Sergio Brandao, Allston, 25 de setembro de 2008.

 

 

  

COMO PARTICIPAR DA ALQUIMIA?   (dedicado ‘a  Oscar Wilde)

 

O quarto se enchia de preguiça

Enquanto a noite se  debruçava,

Os seus longos cabelos soltava,

Esvoaçando-se no   frio da briza.

 

As  suas silhuetas  eram infinitas

Em horas se mostravam luminosas

Em outras, nos orvalhos  de rosas

As lagrimas ficariam mais bonitas.

 

Nos mesmos contornos desta dama

A  nos  esperando com o raiar do dia

Somente se faz  parte desta alquimia

Aquele que a luz acesa em si emana.

 

Sergio Brandao, Allston (Ma) 25 de setembro 2008.


COMO PARTICIPAR DA ALQUIMIA?   (dedicado ‘a  Oscar Wilde)

 

O quarto se enchia de preguiça

Enquanto a noite se  debruçava,

Os seus longos cabelos soltava,

Esvoaçando-se no   frio da briza.

 

As  suas silhuetas  eram infinitas

Em horas se mostravam luminosas

Em outras, nos orvalhos  de rosas

As lagrimas ficariam mais bonitas.

 

Nos mesmos contornos desta dama

A  nos  esperando com o raiar do dia

Somente se faz  parte desta alquimia

Aquele que a luz acesa em si emana.

 

Sergio Brandao, Allston (Ma) 25 de setembro 2008.


A FALTA DO QUINTO ELEMENTO

Aquela frieza calma de cidreira

pela gelida fleuma conduzida,

acalmou humores: cachoeira...

-o  mesmo  rio da minha vida.

 

Arroubo de beijos roubados,

rubis, granadas  da Espanha,

os sois que ardem  dourados

conspiram paquera e manha.

 

Quem dera eu tivesse um amor!

Ate quando retereis o perdão?

Estaria  ali no no seu panteão

qual  escultura em seu louvor?

 

Justifico os vasos quebrados

As roupas rasgadas no corpo,

Os Cinzeiros na porta jogados:

a bílis do boi que foi morto.    

 

Um Belo dia nos chegara alegria

Em forma de um quinto elemento.

Teremos do pão ao circo e folia.,

Um novo ciclo de sacramento .   Sergio Brandao, Allston, 08 de janeiro de 2009.

BRISA DE MARCO.



BRISA DE MARCO

O inesperado nos visitou

naquela  noite  que poderia

Ser uma noite onde Qualquer,

a sua surpresa consolidou!

 

Os ventos nos disseram sim

de onde a  vontade se esvaiu...

O mesmo  dom da sedução pariu

E essas coisas so vieram a mim!

 

As brisas já estavam mornas

comparadas ao gelo anterior.

As musicas já mudavam cores-

Explodiam  em sois de fervor!

 

So não sabemos do nosso futuro

Nem do leão ou dos  carangueijos

O  calcanhar de Hercules? ...obscuro!

 

Como essas  bocas para os beijos

Onde se instala aquele mesmo muro-

os  pecados  derrubados  num lampejo!

                                                                                SERGIO BRANDAO   -  ALLSTON (Ma)  19 de Marco 2009.

                                                                                       

O CONDOR E O PARDAL. (Dedicado a minha amada Irma, Suzana...).


"...Para mi corazon basta tu pecho, Para tu libertad bastan mis alas..."

Pablo Neruda

Se nossa historia fosse vista
pelos olhos gigantes do condor,
Um pequenino pássaro na brisa,
Era como ele veria o nosso amor.

As proporções jamais alterariam
A grandeza que há na fascinacao.
Os gigantes logo nos entenderiam
Veriam leveza em nossa relação.

Mais importante do que a medida
E a capacidade que temos de voar.
Mais sábia e a pessoa que levita
Desafiando os que temem amar.

Entao a grandeza é irrelevante
-So bastam asas para ser amante.

Sergio Brandão - Allston (Ma) 11 de outubro de 2008

quinta-feira, 19 de março de 2009

ISOLDA DAS MAOS BRANCAS


As maos brancas de Nicinha
fizeram uma camisa de cassa
vinham bordados em cada linha
os seus atomos de pura graca.

Era a casa de Itabuna Bahia
E são Jose dos meus milhos
O protetor dos seus filhos
Veria em nos aquela poesia.

Era dia do santo padroeiro:
Procissao de São Jose seguia.
Junto ao corpo do milagreiro
e a multidão nem percebia.

Que a camisa foi feita numa tarde
E me encobria do amor primeiro.
(mesmo o sol sem querer arde.)

O nosso amor e um céu inteiro,
E um Infinito que nao se reparte:
E uma aliança com o padroeiro!

Sergio Brandão - 19 de marco de 2009.

domingo, 8 de março de 2009

MULHERES


Uma femea e especie unica
Habitada por uma uma so alma.
Ressoa leve como uma musica
Quando se iguala com a calma.

A Mãe, a Irma . A filha e a neta
Estão presentes em outras mocas,
Uma senhora com asas e meta
E Outras so pintam suas bocas.

Uma vestida e a outra despida
Vão formando seus universos.
São tão essenciais para a vida
Quanto as letras para os versos.

São deusas em conspiração
O elo perdido para a o inteiro
Chamas acesas no coração.

O berço de luz da infância.
Encontro com o mensageiro
A Luz no túnel da escuridão.

Sérgio Brandão - 08 de março de 2009